Por um processo que não teme dizer seu nome: a busca pela necessária profanação processual

Autores

  • Bruno Gadelha Xavier Faculdade de Direito de Vitória (FDV); Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).

DOI:

https://doi.org/10.18815/sh.2018v8n12.305

Palavras-chave:

Processo civil, conflito, crítica doutrinária.

Resumo

O presente artigo tem como fulcro essencial a discussão da definição do papel da doutrina processual civil no paradigma constitucional vigente. Em época de discussões autofágicas e de posicionamentos auto-suficientes que olvidam a lógica do saber-poder e do biopoder inerente à jurisdição “Democrática de Direito”, a indagação neste resulta no repensar da própria gênese e necessidade da racionalização jurídica moderna, em suas formas e na construção de suas verdades, indagando, em um resultado conclusivo final, sobre a necessidade da crítica no direito processual.

Biografia do Autor

Bruno Gadelha Xavier, Faculdade de Direito de Vitória (FDV); Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).

Doutorando e Mestre em Direitos e Garantias Fundamentais pela Faculdade de Direito de Vitória (FDV). Doutorando em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Doutorando em Educação pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Mestre em Filosofia pela Universidade Federal do Espírito Santo. Pós-Graduado em Direito Processual Civil pela Faculdade de Direito de Vitória (FDV). Pesquisador integrante do Grupo de Pesquisa de Direito, Sociedade e Cultura (FDV), do qual é originado este artigo, bem como do Grupo de Pesquisa Pensamento e Linguagem (UFES) e NEPEFIL (UFES).

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Publicado

2018-08-06

Como Citar

Gadelha Xavier, B. (2018). Por um processo que não teme dizer seu nome: a busca pela necessária profanação processual. Saber Humano: Revista Científica Da Faculdade Antonio Meneghetti, 8(12), 54–69. https://doi.org/10.18815/sh.2018v8n12.305

Edição

Seção

Direito