Reflexões sobre ceticismo e cientificismo em David Hume
DOI:
https://doi.org/10.18815/sh.v15i26.758Palavras-chave:
Epistemologia, Metafísica, Ceticismo, David HumeResumo
Em tempos pré-iluministas, à luz da soberania da razão e da ciência, David Hume, no Tratado sobre a natureza Humana, empreendeu a tarefa de realizar uma ciência da natureza humana a partir da investigação das faculdades mentais e sua relação com os objetos de conhecimento. Ao desenvolver sua epistemologia, o filósofo conjuntamente abriu caminho a consequências significativas tanto para seu projeto quanto para a história da filosofia posterior. Após abordarmos sua “geografia mental” exposta no Tratado, este artigo pretende trazer à tona, dentre tais consequências, reflexões em torno do 1) ceticismo abordado por Hume, e em torno do 2) cientificismo que permeia sua intenção de desenvolver uma ciência da natureza humana. Partindo da metodologia teórico-bibliográfica de cunho qualitativo, objetivamos analisar criticamente a discussão acadêmica sobre ceticismo e naturalismo em sua filosofia, argumentando a favor de seu caráter prático ao lado de cético e, no que se refere ao segundo ponto, a favor de um retorno à importante questão sobre a relação entre ciência e filosofia.
Referências
ABBAGNANO, N. Dicionário de Filosofia. Tradução: Ivone Castilho Benedetti. 6. ed. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2012. Disponível em: https://marcosfabionuva.com/wp-content/uploads/2012/04/nicola-abbagnano-dicionario-de-filosofia.pdf.
BALMES, J. Fundamental philosophy. New York: D. & J. Sadlier & Company, 1858.
BERGSON, H. Ensaio sobre os dados imediatos da consciência. Lisboa: Edições 70, 1988. Disponível em: https://pt.scribd.com/document/543532726/BERGSON-Henri-Ensaio-Sobre-Os-Dados-Imediatos-Da-Consciencia.
BERGSON, H. A Evolução criadora. Tradução: Bento Prado Neto. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
BERGSON, H. O Pensamento e o movente: ensaios e conferências. Tradução: Bento Prado Neto. São Paulo: Martins Fontes, 2006. Disponível em: https://joaocamillopenna.wordpress.com/wp-content/uploads/2019/08/bergson-o-pensamento-e-o-movente-completo.pdf.
BERKELEY, G. Principles of human knowledge and three dialogues. USA: OUP Oxford, 1999.
BIRO, J. Hume's new science of the mind. In: NORTON, D. F. (ed.). The Cambridge Companion to Hume. New York: Cambridge University Press, 1993. p. 40-69.
CASTAÑON, G. Psicologia como Ciência Moderna: vetos históricos e status atual. In: Temas em Psicologia, v. 17, n. 1, p. 21-36, 2009. ISSN 1413-389X. Disponível em: https://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-389X2009000100004.
HAKKARAINEN, J. Why Hume cannot be a Realist. Journal of Scottish Philosophy, v. 10, n. 2, p. 143-161, 2012. Disponível em: https://sci-hub.ru/10.3366/jsp.2012.0035.
HAZONY, Y; SCHLIESSER, E. Newton and Hume. In: RUSSELL, P. (ed.). The Oxford Handbook of Hume. 1. ed. New York: Oxford University Press, 2016. p. 673-707.
HUSSERL, E. A Ideia da Fenomenologia. Tradução: Artur Morão. Lisboa: Edição 70. 2008. Disponível em: https://marcosfabionuva.com/wp-content/uploads/2011/08/a-idc3a9ia-da-fenomenologia.pdf.
HUSSERL, E. A filosofia como ciência de rigor. Tradução: Albin Beau. Coimbra: Atlântida, 1952.
HUME, D. Investigações sobre o entendimento humano e sobre os princípios da moral. Tradução: José Oscar de Almeida Marques. São Paulo: Editora UNESP, 2004.
HUME, D. Tratado da Natureza Humana: uma tentativa de introduzir o método experimental de raciocínio nos assuntos morais. Tradução: Déborah Danowski. 2. ed. São Paulo: Editora UNESP, 2009.
MILLICAN, P. Hume’s Chief Argument. In: RUSSELL, P. (ed.). The Oxford Handbook of Hume. 1. ed. New York: Oxford University Press, 2016. p. 82-108.
KANT, I. Crítica da Razão Pura. Tradução: M. dos Santos e A. Morujão. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2001. Disponível em: https://joaocamillopenna.wordpress.com/wp-content/uploads/2013/09/kant-critica-da-razao-pura.pdf.
KUNTZ, P. G. Hume's Metaphysics: A New Theory of Order. Religious Studies, v. 12, n. 04, p. 401-428, 1976. Disponível em: https://sci-hub.ru/10.1017/S0034412500009574.
LEIBNIZ, G. W. Philosophical Essays. Indianapolis: Hackett Publishing, 1989.
LOCKE, J. Ensaio acerca do entendimento humano, Vol. 320. Tradução: Anoar Aiex. 1. ed. Editora Nova Cultural Ltda, 1999.
MAYR, E. Teleological and teleonomic, a new analysis. In: A portrait of twenty-five years: Boston Colloquium for the philosophy of Science 1960–1985. Dordrecht: Springer Netherlands, p. 133-159, 1974. Disponível em: https://sci-hub.ru/10.1007/978-94-010-2128-9_6.
MCGILCHRIST, I. The master and his emissary: The divided brain and the making of the western world. Yale University Press, 2019.
MELLO, V. D.; DONATO, M. O pensamento iluminista e desencantamento do mundo: Modernidade e a Revolução Francesa como marco paradigmático. In: Revista Crítica Histórica, Ano II, n. 4, p. 248-264, 2011. Disponível em: https://seer.ufal.br/index.php/criticahistorica/article/view/2776.
MOREIRA-ALMEIDA, A; DE ABREU COSTA, M; COELHO, H. S. Science of Life After Death. New York: Springer, 2022.
NEWTON, I. Principia: Princípios Matemáticos de Filosofia Natural - Livro I. 2. ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2016.
REALE, G. História da filosofia: Do Humanismo a Kant, Vol. 2. São Paulo: Paulus, 1990.
ROVIGHI, S. V. História da Filosofia Moderna: da revolução científica a Hegel. Tradução: Marcos Bagno e Silvana Cobucci. 4. ed. São Paulo: Edições Loyola, 2006.
SMITH, N. K. The Philosophy of David Hume: A critical study of its origins and central doctrines. London: Macmillan, 1941.
VEIGA, M. Pensamento político moderno e fundamentos dos direitos humanos: perspectivas para o século XXI. 2007. Dissertação (Mestrado em Direito) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2007. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/teste/arqs/cp040960.pdf.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Gabriela Rocha de Almeida

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.(Veja Política de Acesso Livre).